quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Amor de verdade


Nossa primeira briga foi engraçada. Foi a única. Já estava grávida de você mas nem lembro do motivo, só lembro que eu estava muito mal humorada (segundo ele, “cheia dos hormônios”) e procurava mil motivos para brigar. Estávamos num bar e brigamos a noite toda, depois fomos para sua casa pois ficava perto e estava chovendo muito aquela noite, lembro que no caminho vimos um acidente de carro. Mas continuamos brigando e assim ficamos até o dia amanhecer e a chuva diminuir, quando decidi ir para minha casa... E mesmo assim continuei mandando mensagens desaforadas, ele desligou o celular e foi dormir. Isso me irritou ainda mais, eu realmente estava “cheia dos hormônios”, lembro que a ultima mensagem que mandei foi algo do tipo “se eu morresse hj vc ia sentir a minha falta”, depois disso percebi que tinha exagerado e desisti, desliguei o celular também e fui dormir. Acordei mais tarde com seu pai ligando para minha casa dizendo que estava indo me buscar pois precisávamos conversar. Eu gelei, pensei que ele estava me achando uma louca e que iria terminar comigo, entrei no carro e meu coração saltava pela boca, meus olhos arregalados, eu temia que tudo acabasse ali e foi a segunda vez que senti um medo incontrolável de perde-lo. Mas ele olhou nos meus olhos e falou com voz de bebê “Marxella nunca mais me mande uma mensagem daquela! Se você morresse eu não iria sentir sua falta, eu ia ter que morrer junto”. E me implorou perdão por não ter sido tão cuidadoso comigo e por ter me deixado chegar aquele ponto de estresse. Eu desabei em lagrimas, também pedi perdão afinal a culpa era minha, eu criei a briga por algum motivo banal, mas ele insistiu e assumiu a culpa. Aquela atitude me surpreendeu, tive mais certeza ainda que ali estava o homem que eu amava e que me amava e só queria me fazer feliz. Senti um alivio imenso, me senti completa! Respirei fundo e agradeci a Deus por ter um amor de verdade. 

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